Formas de disseminação: etapa do ciclo de IM

Antes de abordar sobre o modelo dinâmico, compartilho algumas considerações essenciais do ciclo de inteligência como formas de disseminação para os tomadores de decisão com base no livro - Inteligência de mercado: conceitos, ferramentas e aplicações – fornecido durante o meu pós graduação em Inteligência de Mercado, na FIA.



• Clipping de informações


Geralmente é uma ferramenta de uso diário – os usuários recebem por e-mail as principais notícias relacionadas a empresa, ao mercado, concorrentes, fornecedores, e demais assuntos relacionados a área em questão.



• Alerta competitivo


Elaborado quando, ao perceber movimentações no mercado, a área de IM consegue analisá-las e transformar em informações.


• Newsletter de inteligência


Funciona como um apanhado das últimas movimentações, diferenciando-se diferenciando – se do clipping por seu caráter mais analítico.


• Panorama setorial/Panorama competitivo


Relatórios que possibilitam entender as últimas movimentações do mercado de atuação e dos concorrentes. São relatórios fundamentais para que a empresa trace suas estratégias.


• Relatório completo de inteligência


Esse relatório está diretamente ligado às movimentações estratégicas do mercado.




*** Os relatórios podem ser sazonais – mensais, trimestrais ou mesmo semestrais.

Ciclo de Inteligência: suas etapas

O planejamento dará inicio ao ciclo e se trata da identificação das necessidades de IM (Inteligência de Mercado). É o ponto de partida das atividades de IM e tem por base três razões para a elaboração de inteligência: planejamento, vigilância, suporte (facultativa).

A Inteligência por Planejamento significa gerar inteligência para ajudar a empresa no alcance de suas metas estratégicas. Assim, neste caso, para produzir inteligência, o mínimo necessário é ter visibilidade do planejamento Estratégico.

Já a inteligência por vigilância é utilizada para ajudar a empresa a maximizar oportunidades e mitigar riscos e ameaças. Neste caso, o ponto de partida para o trabalho com vigilância são os sinais detectados no Micro (Stakeholders) e no Macro (PESTEL = político, econômico, social, tecnológico e legislativo) ambiente.

A terceira razão é a de Suporte (está é facultativa) que serve para produzir inteligência para ajudar a empresa a definir suas diretrizes e metas estratégicas, equivalendo à retroalimentação para o plano estratégico.

Na sequencia, uma vez que as necessidades de Inteligência foram extraídas, passa-se para a segunda fase do ciclo: a coleta (de informações). A coleta pode ser primária, ou seja, quando partimos “do ZERO”, por isso, nos leva a fazer uma pesquisa (lembrando que pesquisa não é sinônimo de inteligência e sim é um complemento “dentro” de primária) interna de mercado. Portanto, lembre-se, primária = PESQUISA.

A outra forma de coleta é a secundária (interna ou externa) que corresponde a gerar, coletar e identificar informações disponíveis “dentro” da empresa, ou não. Portanto, lembre-se, secundária = “LEVANTAMENTO”.

Para finalizar a etapa de coleta, é importante saber que a coleta se inicia com a secundária para depois ir para a primária, pois a secundária já está disponível.

Tendo feito a fase da coleta, é necessário armazenar as informações coletadas, o que envolve a fase do ciclo referente à proteção ou armazenamento. Assim, nesta etapa, enfatiza-se que da mesma forma com que nos preocupamos com a proteção e armazenamento daquilo que foi coletado, também é fundamental maior foco no armazenamento, pensando na análise (próxima fase do ciclo).

A análise, é a fase que demanda a maior parte do tempo nos processos do ciclo e é a essência do trabalho de inteligência, ou ainda, pode-se dizer que a questão analítica é “a chave de ouro” de um trabalho de inteligência. Aqui, precisamos pensar em um conjunto de 3 referências: Transformar informações em inteligência e inteligência em opções + recomendações. As opções + as recomendações devem decorrer de modelos analíticos.

O passo seguinte do ciclo é a disseminação e equivale ao plano de comunicação da informação. Objetivo da disseminação é gerar “uma” tomada de decisão, sendo essencial disseminar de forma adequada e sempre ter uma forma de armazenamento, seja através do Excel ou outra forma, e, não de vez em quando. Essa etapa, é totalmente informativa.

Por fim, a Mensuração/feedback é a última etapa nesse processo. A mensuração poderá ser qualitativa ou quantitativa e é fundamental para mostrar se os objetivos foram atingidos. A partir de então, é necessário um camada prática para operacionalizar a metodologia usada no ciclo

Inteligência de mercado, ciclo de inteligência e modelo dinâmico

A inteligência de Mercado analisa as informações sobre o mercado e gera recomendações para os tomadores de decisão dentro da empresa, diminuindo os riscos associados a processo decisório da empresa.

Ao falarmos de inteligência de mercado estamos nos referindo a um processo conhecido como sistema de inteligência de mercado (SIM) ou ciclo. O SIM funciona de forma rotineira, contínua e integrada porque envolve uma rede de pessoas (gestão de relacionamentos).

o ciclo de IM corresponde a uma camada teórica que objetiva identificar, coletar, tratar, proteger, analisar, disseminar e mensurar os resultados das atividades de Inteligência.

Existe, também, uma metodologia (camada prática) de operacionalização do ciclo de IM, conhecida como Modelo Dinâmico. Porém, mais adiante falarei sobre o mesmo.

A seguir, serão apresentados o ciclo de inteligência de mercado (ou SIM) e a figura do modelo dinâmico que será abordado mais adiante.